Pela primeira vez Santa Catarina terá um estudo minucioso que irá revelar o seu potencial para o turismo de eventos. Florianópolis já é a quarta cidade mais atrativa para o setor, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, segundo a Embratur. E, para conhecer melhor o potencial de outras cidades catarinenses, a Associação Brasileira de Empresas de Eventos – Santa Catarina (ABEOC-SC) está finalizando um inventário com uma série de informações que vão desde as condições de aeroportos, sistema de segurança pública, acessibilidade, hospitais e clínicas, rede hoteleira, sinalização e acessos turísticos e gastronomia, entre outros dados.
Para se ter uma ideia do que este segmento representa hoje, a projeção é que o setor movimente R$ 4,8 bilhões este ano segundo estimativas da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe). O que equivale a um aumento de 37% em relação ao no passado, quando a receita gerada foi de R$ 3,5 bilhões.
A pesquisa está sendo realizada nas cidades de Blumenau, Joinville, Chapecó e Florianópolis. “Escolhemos inicialmente estas cidades em função da estrutura aeroportuária existente, mas a nossa intenção é buscar recursos para estender este levantamento para outras cidades do Estado e criarmos um mapa para o turismo de eventos e negócios de Santa Catarina”, explica o Presidente da ABEOC-SC , Marco Aurélio Floriani. O inventário será apresentado durante o “Seminário ABEOC-SC Capacitação e Profissionalização do Turismo de Eventos” que terá início em Joinville no dia 16 de maio, seguido por Blumenau no dia 24 de maio, Florianópolis no dia 14 de junho e Chapecó dia 28 de junho.
Inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.abeocsc.org.br
Vagas limitadas.
SOBRE O TURISMO DE EVENTOS
Os estrangeiros que vieram ao Brasil a negócios, em 2010, deixaram no país cerca de US$ 120 por dia. Foi o maior gasto médio per capita registrado desde 2004, início da série histórica, segundo revela o Estudo da Demanda do Turismo Internacional no Brasil divulgado pelo Ministério do Turismo. As viagens motivadas pelo lazer correspondem a 46,1% do total. Já os estrangeiros interessados em negócios, eventos e convenções foram 23,3%.
O turista de eventos gasta em média três vezes mais que o de temporada. A permanência fica entre três ou quatro dias, mas é o suficiente para injetar na economia da capital dos catarinenses mais de R$ 100 milhões anualmente.
Em eventos internacionais realizados no Brasil, o gasto médio diário do turista é de R$ 583. Deste total, 45% são destinados a hospedagem.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), um evento internacional pode demandar serviços de mais de 50 segmentos da economia, como transporte, hospedagem, lazer, alimentação, comércio e demais serviços especializados que um evento pode demandar ou oferecer.
De acordo com a Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA) o Brasil ocupa a nona posição no ranking internacional com a realização de 275 eventos no ano passado.